"Contato com germes pode prevenir leucemia em crianças, diz estudo" (fonte: BBC Brasil; (h
Essa teoria me chamou a atenção porque é exatamente como eu venho montando meu quebra-cabeça ao longo desses 25 anos de clínica geral, só que com microrganismos diferentes, mas com a mesma percepção. Segundo uma pesquisa recentemente divulgada no Reino Unido, essa vida "livre de germes e micróbios" pode acabar sendo a causa de um dos tipos de câncer mais comuns na infância. A leucemia é um câncer que surge na medula óssea, onde são formadas células sanguíneas. A doença provoca um acúmulo de células anormais e dificulta a produção de plaquetas e glóbulos brancos e vermelhos.
Crédito foto: José Luiz Peres Moraes (Keka). Foto de Mycoplasma em ser humano.
Voltando ao artigo da BBC Brasil, a leucemia linfoblástica (ou linfóide) aguda afeta cerca de 300 mil crianças por ano no mundo todo, segundo a agência internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coordena pesquisas sobre causas de câncer. De acordo com Mel Greaves, do renomado instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, o sistema imunológico pode se tornar canceroso se não tiver contato com uma quantidade razoável de micróbios no início da vida. Estudos anteriores sugeriam que elementos presentes na vida moderna, como fios a alta tensão, ondas eletromagnéticas e produtos químicos, poderiam estar ligados à ocorrência desse tipo de câncer. Mas todas elas foram possibilidades descartadas por esse estudo divulgado na publicação científica Nature Reviews Cancer. "A pesquisa sugere fortemente que a leucemia linfoblástica aguda tem uma causa biológica clara e é desencadeada por uma variedade de infecções em crianças predispostas cujos sistemas imunológicos não foram adequadamente preparados para elas", afirmou Greaves. As evidências que ajudaram os pesquisadores a chegar a essa conclusão incluíram:
- Um surto de gripe suína em Milão que levou sete crianças a ficarem com leucemia;
- Animais criados completamente livres de micróbios desenvolveram leucemia quando expostos a uma infecção;
- entre outros...
Partindo dessa premissa, estou convicto (sempre estive) de que estou no caminho certo para elucidar este grande quebra-cabeça. Estes microrganismos de que tanto falo (Ehrlichia, Babesia e Mycoplasma), ou se preferirem "doença de carrapato", etc, etc, causam um particular efeito devastador no sistema linfático que afetará múltiplos órgãos, sistemas e células. Adicionalmente a severa depressão do sistema imunológico, criado pela doença, abre as portas para as infecções bacterianas secundárias e outras complicações. Aqui está o ponto!!! Dependendo do sistema imune do indivíduo isso poderá se transformar num Lupus, Artrite Reumatóide, Leucemia, Câncer, Cirrose Hepática, AVC (acidende vascular cerebral hemorrágico), entre outras como Guillan Barret, insuficiência renal, problemas oftálmicos, etc... Um indivíduo pode ter adquirido isso na infância e só manifestar na sua vida adulta, pois trata-se de uma doença silenciosa. Uma vez que o estágio crônico foi atingido, o microrganismo já se instalou na medula óssea. Neste ponto os danos são praticamente irreversíveis. Outro problema sério são os tratamentos errados que vão só aumentar a resistência dessas bactérias em questão e fragilizar ainda mais o sistema imune do paciente. Se esses pacientes fossem tratados adequadamente na infância, não adoeceriam mais tarde com certeza, nem receberiam diagnósticos sombrios. Estas bactérias são tratáveis no seu estágio inicial. Se toda criança ou cão ou gato com "virose" recebesse o tratamento adequado muitas doenças seriam evitadas. É recomendável que a "doença de carrapato" seja estabelecida antes de aceitar outras diagnoses como causa definitiva da doença ou condição em que o animal se apresenta. Nós consideramos um erro gravíssimo esperar por um teste positivo antes de tratar o paciente. Em todos os casos em que sentirmos, que mais de uma doença está envolvida, "doença de carrapato" deve ter prioridade no tratamento. É inevitável evitarmos picadas de insetos sugadores de sangue, ainda mais morando num país tropical... O grande segredo é estarmos preparados e tratar corretamente, ainda na infância, onde tudo acontece!!! Se me perguntarem se é bom tomar picada de carrapato eu diria que sim, mas com o tratamento junto. Isso vai fortalecer o sistema imune do indivíduo e este vai conviver muito bem com estes microrganismos, ao passo que se vier um estrangeiro para cá sem tomar o medicamento adequado poderá morrer em apenas uma semana, depois de ter sido picado por uma pulga por exemplo. Geralmente são os ratos que trazem estes insetos para nossas casas, portanto se tiver episódios de ratos em casa, cuidado! Doenças à vista. Por isso que sempre digo para utilizarem repelentes principalmente nas crianças! Hoje diria assim: utilizem repelentes nas crianças, você está evitando uma leucemia! E para terminar eu acho que higiene é essencial e deve ser mantida! Acredito mais na minha teoria do que na falta de higiene com certeza. Nosso sistema imune é testado todos os dias com vermes, gripes e outras infecções menos graves, por isso sempre alertei a todos da gravidade dessa tal "doença de carrapato", pois são zoonoses importantes e ainda pouco diagnosticadas e que fazem vítimas fatais. O diagnóstico tem que ser precoce para que o tratamento adequado surta efeito, pois quando se torna crônica, o prognóstico é sombrio e desfavorável.
