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CONTROLE DE ZOONOSES NO SÉCULO XXl? CRÔNICAS MEDICINAIS 1.

Eu recebo frequentemente um informativo do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e quase nunca os deixo de ler, pois sempre tem alguma coisinha. Neste não foi diferente. O que me chamou a atenção foi o controle de zoonoses no século 21 (Doenças permeiam relação milenar com cães e gatos e ainda hoje impõem desafios à saúde pública).

Ao longo das últimas décadas o controle de zoonoses no país tem passado por mudanças sintetizadas em 2006 pela OMS (Organização Mundial de Saúde) com um novo paradigma: a necessidade de cooperação entre as Medicinas Humana e Veterinária, levando em consideração que, atualmente, mais de 70% das enfermidades infecciosas humanas são de origem animal. Com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) surge, em 2008, o conceito de Saúde Única - a interdependência entre a saúde humana, dos animais e do meio ambiente. As doenças ocorrem desde os tempos pré-históricos (mais de 200 doenças), mas estudiosos afirmam que as condições se tornaram mais favoráveis no período Neolítico, com a domesticação dos animais e início da vida organizada em aldeias. Atualmente, 44,3% dos lares brasileiros têm pelo menos um cachorro. Cães e gatos de companhia já somam 74,3 milhões, número superior ao de crianças. O estreitamento das relações entre humanos e animais tem chegado, em algumas situações, até a humanização dos pets, o que tem determinado uma mudança de comportamento da sociedade em relação aos animais. Na minha convivência em Medicina Veterinária aprendi muito com os colegas, escassos de conhecimentos e cheios de vaidade; isso vale também para a medicina humana, que os grandes não são aqueles que aprendem nos livros somente, grandes são aqueles que tomam por base a erudição, penetrando com ela a alma da vida. Aprendi também que a humanidade nos ensina a sermos mistificadores (alguns médicos, no intuito de lograr fama ou ludibriar clientes, mistificam a doença para dar uma aura de suposto saber e ganhar a credibilidade junto a eles). A humanidade gosta de ser enganada e a única coisa que não nos perdoa é a verdade.

- Você sabe por quê eles não gostam de mim?

- Não.

- Pois é muito simples: Porque são umas bestas diplomadas e não querem que lhes recriminem ... - rindo gostosamente!

Em medicina, a única coisa positiva é a cirurgia. O resto são deduções, nomes complicados e observações incertas. O médico ( vet também) quando cura, fica, na maioria das vezes, crendo no diagnóstico, estando este certo ou errado. Se o organismo, porém, não reagir, o diagnóstico não falha na certidão de óbito. A morte é a amiga número um do médico: encobre tantos erros da medicina... Um dos pontos mais controversos é a Lei Estadual nº 12916, que em 2008 proibiu a eliminação de cães e gatos de maneira indiscriminada nos canis públicos e centros de controle de zoonoses do Estado de São Paulo. A eutanásia passou a ser permitida somente nos casos de males, doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que colocam em risco a saúde das pessoas e animais. Temos que reconhecer que a proibição da eutanásia não significou, e talvez ainda hoje não signifique que os animais estão "salvos" e "bem". Só se fala em Raiva, Leishmaniose e "febre maculosa". Aliás não gosto nem um pouco desse nome febre "maculosa" porque as máculas só aparecem em 20% dos casos... E as outras bactérias? E os outros insetos sugadores de sangue? Pulgas e carrapatos estão dormindo juntinhos com seres humanos e seus animais de estimação na cama bem quentinha, insetos estes trazidos no lombo dos ratos que visitam sua residência todas as noites atraídos pelo cheiro da ração. O maior mal dos homens é não acreditar na evolução... A vida poderia ser muito boa se não fosse envenenada pela vaidade humana. Mas... as reticências são o mistério de tudo, até o dia em que o homem acreditar nele e nos seus defeitos. Na vida, uns observam os outros, invejam-lhes os destinos e julgam-se infelizes, porque pensam que os seus semelhantes são mais venturosos. Isso acontece, porque dependem uns dos outros, e todos da organização social que vem de centenas de anos, com erros a corrigir. Erros que se tornam herança psíquica ou física na alma das criaturas... Tenho que dizer uma coisa: a medicina não é infalível. Os maiores revoltados são os que começam a sofrer. Depois perdem o amor próprio e se tornam indiferentes: ou vencem ou fracassam. Onde há enfermos, há desesperos e onde há desesperos a vida adquire feições diferentes. A humanidade sofre os efeitos dos ambientes, rolando como uma bola pela estrada incerta do destino, criado, geralmente por ela mesma! A normalidade é como a perfeição: é relativa ao tempo e ao ambiente. Nada mais. Entretanto sobre esta verdade, prevalece a obcecação e cada um julga as coisas a seu modo.



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