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Falhas médicas, tratamentos falhos ou eventos adversos? De quem é a culpa?


Semana passada li alguns artigos na internet, bem sérios por sinal e de fontes seguras como a BBC Brasil e um estudo feito pela UFMG (Universidade Federal de MG) e IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Por incrível que pareça nem mudei minha fisionomia e nem fiquei espantado ao ler seus conteúdos. O título do primeiro era: "Médicos listam 40 tratamentos que trazem poucos ou nenhum benefício à saúde". E o segundo título era: "Estudo diz que falhas médicas evitáveis são maior causa de morte no Brasil".

Mulheres com mais de 45 anos não precisam fazer exame de sangue para diagnosticar a menopausa, e um raio-X não ajuda aqueles que sentem dores nas costas, alertou um grupo de médicos. Estes conselhos foram elaborados pela Academy of Medical Royal Colleges, que reúne 21 instituições de ensino de medicina no Reino Unido. Em uma tentativa de reduzir o número de procedimentos médicos desnecessários, a organização listou 40 tratamentos que trazem pouco ou nenhum benefício à saúde. A instituição também recomendou que os pacientes questionem mais os seus médicos sobre os tratamentos indicados. A ação faz parte da campanha Choosing Wisely ( algo como "fazendo a melhor escolha") que busca fomentar o diálogo entre médicos e pacientes a respeito das melhores opções de tratamento para seus males. Os conselhos incluem: A água, limpa machucados e cortes tão bem quanto o soro fisiológico; a quimioterapia pode ser usada para aliviar os sintomas de um câncer terminal, mas não cura a doença e pode gerar transtornos adicionais nos últimos meses de vida; crianças com bronquite ou problemas de respiração normalmente melhoram sem qualquer tratamento; entre outros... A academia afirma que pacientes devem fazer 5 perguntas ao buscar um tratamento:

1- Realmente preciso desse exame, tratamento ou procedimento?

2- Quais são os riscos ou efeitos negativos?

3- Quais são os possíveis efeitos colaterais?

4- Há opções mais simples e seguras?

5- O que acontecerá se eu não fizer nada?

Sue Bailey, presidente do conselho da Academy of Medical Royal Colleges, disse a BBC que " alguns desses tratamentos podem ser invasivos e longos. Há opções mais práticas e tão seguras quanto, então porque não recorrer a elas?", questionou. "Acho que temos uma cultura de intervenção. Precisamos parar e refletir sobre qual é a melhor opção para o paciente em suas circunstâncias particulares".

Na minha opinião, a indicação cirúrgica é muito importante e de extrema valia, evitando cirurgias desnecessárias ou até mesmo mutilações de pacientes, entre outras...

A cada 3 minutos mais de dois brasileiros (2,47 exatamente) morrem em um hospital por consequência de um erro que poderia ser evitado. Essas falhas são chamadas de "eventos adversos", que representam erros como a má dosagem de medicamentos ou uso incorreto de equipamentos. Aqui cabe um parentese: fico pensando o que acontece em clínicas veterinárias e quantos animais morrem por minuto no Brasil, pois a cada ano abrem mais e mais "instituições de ensino" que sequer utilizam o período integral e formam "profissionais" em 4 anos... Bom, melhor deixar pra lá...

Este estudo feito pela UFMG e IESS mostra que os erros podem ser uma das principais causas de morte no país.

O erro é do médico?

Quando falamos em "falhas médicas" buscamos um culpado e podemos imaginar que o erro tenha sido de um médico ou enfermeiro, porém Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, afirma que existe uma política de não culpar o profissional de saúde. "Errar é humano, não queremos culpar um médico e sim mostrar como o processo de segurança na saúde precisa ser melhorado para evitar mortes", afirma. O superintendente explica que nos Estados Unidos, por exemplo, notaram que os eventos adversos mais prevalentes eram com medicamentos. Para diminuir as falhas, hospitais adotaram medidas preventivas como fazer com que o funcionário que distribui os medicamentos use uma camisa com os dizeres: "Não fale comigo"e ainda usa fone de ouvidos para não se distrair. Também colocam gavetas nos carrinhos de remédios que só abrem se o funcionário passar o código da pulseira do paciente.

Todo cuidado é pouco e devemos ficar alertas com relação à saúde humana e animal, pois "cuidando-se da saúde dos animais..., está sendo posta a salvo a saúde do homem"...

O ideal seria se houvesse mais transparência, melhor estrutura das instalações com bons equipamentos e uma boa equipe. Não adianta a melhor máquina se não tiver quem a opere bem!








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